Aula 7

 

Aula 7 - 26 de Abril de 2011

 

Proposta - As turmas A e B terão aulas juntas na sala 101. Para esse dia cada grupo formado deverá desenvolver um trabalho sobre um conteúdo relacionado ao lúdico, vinculando-os às situações de vida dos componentes e aos dois filmes assistidos.

 

 

Poema - 

AMARELINHA

Risco de tijolo no asfalto quente
Lembro tua mão um retângulo desenhar
Sentada na calçada por vez impaciente
A espera de um carro depressa a passar ;

Arquiteta de um desejo de infância
Engenheira na vontade de brincar
Outrora a lembrança quando criança
Tão jovem no peito teima a visitar ;

A casca de banana sobre as mãos
Espera dentre o número acertar
A certeza quando erra de que não
Outra chance se a parceira vir errar ;

O pó do tijolo logo enfraquece
Na amarelinha do pula saci
Contorna o retângulo que jamais esquece
E acaba teu sonho com a chuva a cair ;

Despede do asfalto o sonho de menina
Das mãos pequenina o tijolo a quebrar
Dos pés à vontade de pular amarelinha
Que a chuva invejosa se apressa em apagar .


Pelo autor Marcelo Henrique Zacarelli
Abril de 2008 no dia 29, Village (sp)

 

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AMARELINHA

Tem céu,
tem também inferno.

A pedrinha,
lançada com fé
procura o céu
mas uma geografia perversa (parece que o Coisa-Ruim trama isso)
faz o inferno alargar
e por um largo pequeníssimo
cai o sortilégio
um pouco pra lá de onde deveria.

Aí a gente tem que pular
os pedaços marcados
coisas lindas e desejos gozosos
quedam ao lado.

Há uma pedra,
sim,
que a lançadeira tem por dever de obrigação recuperar.

O poema parece amarelinha
se jogar a palavra uma vez ou duas
longe do céu desejado, encanto não há.

Palavra-pedrinha,
o poeta tem fé que ela cumpra uma sorte,
se o poema não é de todo agrado,
pula o de que não goste,
lê só o desejado.

 

https://cantodocaracol.blogspot.com/2009/04/amarelinha.html

 

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BRINCANDO DE AMARELINHA    

Brincando de Amarelinha
pula aqui, pula acolá,
brinquedo das menininhas
que me expulsavam de lá.

Eu fui brincar de peteca
também de lá me expulsaram,
era um guri muito dapeca
tanto fiz que me aceitaram.

Eu só queria namorar
com uma daquelas gurias,
mas com vergonha de falar
quem eu queria não sabia.

Vejam vocês o molequinho
que sem vergonha eu era,
quando usava um espelhinho
pra ver as calcinhas delas.

Escondia-me num canto
dizendo que não fiz nada,
jurava por todos os santos
que não fiz a coisa errada.

Às vezes me pego sorrindo
das travessuras que fiz,
travessuras de menino
mas era um guri feliz.

https://sitedepoesias.com/poesias/13688